Imagens das “Conversas à volta do Zeca”
Na tarde de sábado, dia 16 de Julho 2011, pelas 16.30h a AJA Núcleo da Região de Aveiro deu início a mais uma actividade em prol do exemplo de cidadania de Zeca Afonso, no Guesthouse Bar, em Aveiro. “Conversas à volta do Zeca” teve 5 convidados que constituíram a mesa, com o moderador Rui Vasqueiro. Os convidados foram Paulo Esperança, Alípio de Freitas, Mário Correia, Viriato Teles e Tino Flores. Foi um momento de partilha com palavras quase mágicas de memórias e vivências em torno de um Homem de LIBERDADE. Após a intervenção de todos os convidados, com a casa cheia, alguns dos presentes partilharam impressões e opiniões em torno da figura do Zeca e de algumas das questões que se colocam nos dias que correm. A iniciativa continuou pela noite dentro com o “assalto às ruas e às tascas” com início no restaurante “Buraco”, seguindo-se para o “Guesthouse Bar”, passando pelo “Morpheus wine bar” e acabando no “Mercado Negro”. Ao longo deste “ataque” ouviram-se prestações notáveis de Tino Flores, Ana Ribeiro e Sérgio Pericão, sendo este último um aveirense, que interpretaram vários cantautores do movimento da canção de intervenção.



Com tantas injustiças e assaltos constantes a LIBERDADES porque lutou, cantou e gritou ZECA AFONSO,,, foi muito BONITO ter oportunidade de partilhar momentos tão preciosos, com opiniões de gente daquele tempo e gente que nem nascida ainda era, mas que tenta dentro do que ELE transmitiu, levá-lo mais LONGE, quer com iniciativas destas, quer com participações individuais em sítios onde é urgentemente necessário dizer PRESENTE.
PAULO ESPERANÇA, com um traço interessante, de onde, por e para onde ZECA passou e desejava chegar.
ALIPIO de FREITAS com a sua visão e adaptação dos tempos de ontem para a actualidade, bem como no vincar a personalidade e caracter de ZECA.
MARIO CORREIA com a ideia de lançar cadernos com vivências de quem esteve mais por perto de ZECA, bem como os pormenores e dificuldades dos meandros da época. A não deixar cair isto..
VIRIATO TELES com a sua entrega habitual com tudo o que respeite a ZECA, e não só.
TINO FLORES com a transmissão do que foi e do que pretendia ZECA, vincando que a cobardia não tinha nem tem lugar com gente que entenda o imaginário de ZECA.
Intervenções de gente que colocou as ANGÚSTIAS de hoje, que tal como as de ontem, continuam a preocupar muita gente.
EXCELENTE a SOLIDARIEDADE, de todos os que participaram e os que estiveram presentes, para com a AJA AVEIRO, que apesar de constituída há tão pouco tempo, dá garantias de um TRABALHO muito digno, tendo como inspiração o ZECA., a fasquia está colocada bem alto… PARABÉNS
ABRAÇO amigos AVEIRENSES, com MALTA assim só posso mesmo dizer OBRIGADO e PRESENTE.
A idolatração é uma forma primária de submissão, intelectualmente desprezível e moralmente condenável, à luz da igualdade entre os homens.
Aquilo que José Afonso representa para mim, não é por esta via que se molda, nem seria coerente fazê-lo, porque estaria a trair os valores que o próprio preconizava.
A vida e a obra deste aveirense tem contornos doutrinários. Os princípios e as causas como a liberdade e a justiça que com determinação e coragem defendeu são um exemplo para todos nós. A forma humilde como viveu com uma total abnegação aos interesses materiais, representa bem o homem, como um ser na sua versão mais fraterna e solidária.
Por tudo isto e por muito mais, José Afonso representa o rosto da minha utopia, e um dos factores que alimenta o meu orgulho de ser aveirense. Apertem os cintos que; “A liberdade está a passar por aqui”.
É por estas e por outras que o brotar do “aja” de aveiro pode muito bem vir a dar o impulso fundamental, para que a vida e a obra deste aveirense inquieto seja o agente detonador e inspirador das consciências quietas. A iniciativa do dia 16 de Julho foi bem a mostra de como isso é possível, haja a pertinácia e a coragem necessária para levar em frente, (derrubando muros e ameias se necessário for) as mensagens que por trás das janelas que consubstanciavam a poesia do Zeca.
Um abraço especial ao Israel e ao staff do “Guesthouse”
Contem comigo, braço a braço seremos muitos, passo a passo iremos longe
Um abraço fraterno de Rui Vasqueiro