Conheça este disco na página dedicada da discografia.
Gravado em França na segunda quinzena de Outubro de 1971, o disco apontado por vários especialistas como “melhor álbum da música portuguesa de todos os tempos” é um ponto alto na carreira do artista, músico, cantor e poeta José Afonso.
Um disco verdadeiramente inovador, “Cantigas do Maio” eleva o cruzamento de várias tradições etnomusicológicas que José Afonso teria começado a explorar em 1968 com “Cantares do Andarilho”, adicionando um elenco mais vasto de músicos e instrumentos de várias raízes, como a darbuka, o bongo berbere, as tumbas, o adufe, o tamborim brasileiro, a guimbarda, apitos de fole, e o próprio corpo: os passos no areal imortalizados em “Grandola, Vila Morena”, senha de confirmação radiofónica da própria revolução de 25 de Abril de 1974. Afirmar “Cantigas do Maio” como o melhor disco da música portuguesa soa a pouco: trata-se de um dos melhores discos de todos os tempos, no patamar internacional, com mais uma capa emblemática da autoria de José Santa-Bárbara.