O barco “Mouzinho”
“Não foi talvez, nem a minha infância em Portugal, nem a segunda fase em África; foi a fase intermédia que foi a mais marcante. (…). Foi a minha viagem no barco Mouzinho… Fui entregue (…) a um primo muito conhecido em Luanda que ia de lua de mel, (…) e que praticamente desapareceu…! E eu transformei um sujeito que conheci a bordo numa espécie de parente vitalício que foi um sacerdote a que eu chamava… o homem das barbas… Missionário de certeza! (…). O homem das barbas deve ter substituído integralmente as minhas tias… Esse homem era quase para mim um absoluto…”.
José Afonso