No núcleo de Lisboa
Imaginemos um inverno no passado e no presente, a breve primavera de abril e a possibilidade fulgurante do desnudamento redentor, aí, no tempo que nos resta – eis o homem novo.
Imaginemos ainda 34 incisões no coração de cada um de nós.
Diretas, estas Crónicas do Inverno são perfeito holofote sobre todas as clausuras e sofrimentos.
Desfilam nelas memórias de uma velha casa, dos seus espaços vincados, cujas rescendências e alusões penetram a atualidade à espera de um futuro sem invernos.
É obrigatório ultrapassar o tempo da escassez.
Viver mesmo é percebê-lo.
Como quem ama, como quem quer ouvir.