Homenagem de Gueifães
Pouco passava das 21,30 horas e as pessoas chegavam e transmitiam a alegria por estarem presentes. O Fanhais e o Zé Silva, por trás do palco, afinavam as violas e a garganta. Grande parte dos 270 programas feitos já tinham sido distribuídos. Mais três filas de cadeiras foram postas e prontamente ocupadas. A Cripta já estava com uma moldura de público digna de um grande nome como o do Zeca. Sorri e dirigi-me para o palco – chegara a hora de dar início à homenagem a Zeca Afonso.
Olhei o público e sorri satisfeito, dando uma piscadela ao Zeca que estava do meu lado direito mesmo por cima da viola pousada na tradicional capa de estudante donde sobressaíam cravos vermelhos que se perdiam pelo chão…Vista parcial do público, na Cripta da Igreja de Gueifães
O planeamento desta Sessão baseou-se numa conversa informal entre três intervenientes: Zeca, público e os artistas convidados. Foram apresentados os poetas Maria Mamede, Maria José, Albino Santos, José Gomes e os cantores convidados José Silva e Francisco Fanhais.
O presidente da Junta de Gueifães, Sr. Alberto Monteiro, abriu a Sessão recordando o homenageado e a alegria que sentiu por ver tanta gente que aderiu a esta iniciativa promovida pela Junta; seguiram-se as palavras de Maria Mamede, como responsável pelo Movimentum – Arte e Cultura, que chamou a si a organização e a coordenação deste evento. Paivas Canhão encerrou esta parte recordando Zeca e o seu espírito de luta.
Os poetas convidados disseram, entre outros, poemas do Zeca Afonso, Manuel Alegre e Ary dos Santos.
José Silva, na sua intervenção musical, recordou Zeca Afonso. A sua maneira característica empolgou o público que o acompanhou, ao rubro, nas suas interpretações.



