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EP/45rpm

Coimbra, 1960

ALINHAMENTO

01. Mar Largo
LETRA Popular/Edmundo de Bettencourt
MÚSICA Paulo de Sá

02. Solitário
LETRA Horácio Menano
MÚSICA Francisco Menano

03. Aquela moça da aldeia
LETRA Américo Durão
MÚSICA Francisco Menano

04. Balada (Canção longe)
LETRA Popular, Açores/José Afonso
MÚSICA José Afonso

FICHA TÉCNICA

edição
Fábrica Portuguesa de Discos da Rádio Triunfo Lda.
(Alvorada MEP 60280)
gravação
Estúdios do Emissor Regional de Coimbra (Emissora Nacional), 1956
edição
1960
músicos
António Portugal e Jorge Godinho: Guitarra Portuguesa
Manuel Pepe e Levy Baptista: Viola
fotografia
Hernâni Pereira

edições estrangeiras
Angola e Moçambique

Em 1956 e regressado do serviço militar que cumpriu de 1953 a 1955 (Zeca saiu da tropa em 14 de janeiro de 1956), José Afonso volta a gravar mais quatro fados de Coimbra «Incerteza» de Tavares de Melo (erro, «Incerteza» faz parte dos primeiros singles de Zeca gravados em 1952 e editados em 1953. Foi gravado sim «Solitário» de Horácio e Francisco Menano), «Mar Largo» de Paulo de Sá (Paulo de Sá é só o autor da música sobre letra popular/Edmundo Bettencourt), «Aquela Moça da Aldeia» de António Menano (erro, é letra de Américo Durão e música de Francisco Menano) e «Balada» com música do cantor sobre um tema popular açoriano. Os acompanhamentos foram assegurados por António Portugal e Jorge Godinho (guitarras) e Manuel Pepe e Levy Baptista (violas). O grupo de António Brojo (António Brojo, António Portugal, Aurélio Reis e Mário de Castro que gravara com o Zeca os primeiros discos) tinha-se entretanto dissolvido. (...) É curioso que José Afonso praticamente as ignore (as gravações dos fados de Coimbra em 1953 e 1956) nas muitas entrevistas que deu. Num depoimento à RDP 1, já em 1985 e em relação a esta sua fase iniciática, diz o cantor: "Gravei uns faditos de Coimbra". E mais não disse.
José Niza
Músico e compositor
José Afonso, atrás de Machado Soares, em primeiro plano, numa fotografia promocional do «Coimbra Quintet» em meados da década de 1950. Nas guitarras portuguesas, estão António Portugal e Jorge Godinho. Na viola, Levy Baptista. (Clique na imagem para mais informação sobre este documento do Arquivo Municipal de Lisboa).

Por motivos económicos fui forçado a deixar Coimbra antes de concluído o curso e a leccionar em colégios particulares. O contacto concreto com a situação profissional no sentido mais amplo foi-me pouco a pouco endurecendo. Em Coimbra as coisas mudavam lentamente. Novas remessas de estudantes, menos pitorescos mas mais conscientes do que os do meu tempo, mais devotados aos problemas que fatalmente surgiam num meio sufocado por tradição, as mais das vezes inútil, intentam, à semelhança do que já outras gerações haviam feito, romper declaradamente com o bafio, pôr de parte a quinquilharia passadista do velho romantismo do «Penedo», realizar ao nível associativo uma modernização da vida académica dentro dos limites a que os forçava o estreito meio geográfico em que viviam.

José Afonso em texto autobiográfico escrito na Beira, Moçambique, em 1967.
José Afonso, acompanhado à viola por Levy Batista, em Chinguar, Angola, 1958, durante a digressão da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (TAUC). À esquerda de José Afonso, sentado, está David Leandro, e atrás, José Niza, ambos do grupo que acompanhava José Afonso, assim como Sousa Rafael.