ALINHAMENTO
01. Canção longe
LETRA Popular, Açores/José Afonso
MÚSICA José Afonso
02. Os bravos
LETRA/MÚSICA Popular, Açores
03. Balada Aleixo
LETRA António Aleixo
MÚSICA José Afonso
04. Balada do Outono
Instrumental
MÚSICA José Afonso
ARRANJO Rui Pato
05. Trovas antigas
LETRA Popular
MÚSICA José Afonso
06. Na fonte está Lianor
LETRA Luís de Camões
MÚSICA José Afonso
07. Minha mãe
LETRA José Afonso/Quadra popular
MÚSICA José Afonso
08. Altos Castelos
LETRA/MÚSICA José Afonso
09. O pastor de Bensafrim
LETRA/MÚSICA José Afonso
10. Canto da Primavera
Instrumental
MÚSICA José Afonso
ARRANJO Rui Pato
11. Elegia
LETRA Luís de Andrade*
MÚSICA José Afonso
12. Ronda dos paisanos
LETRA/MÚSICA José Afonso
*Luís Oliveira de Andrade de nome completo, Luís Pignatelli de nome literário.
FICHA TÉCNICA
edição
Discoteca Santo António, Porto (Ofir AMS 301)
gravação
Estúdios RTP, Monte da Virgem, Porto
músicos
Rui Pato: Viola
capa
António Pimentel
texto
Adriano Peixoto
2ª EDIÇÃO, 1967
Baladas e canções, 1967
FICHA TÉCNICA
edição
Discoteca Santo António, Porto (Ofir SAM 808)
fotografia
Varela Pécurto
EP's EDITADOS A PARTIR DO LP
Baladas e canções, 1967
ALINHAMENTO
01. Canção longe
LETRA Popular Açores/José Afonso
MÚSICA José Afonso
02. Os bravos
LETRA/MÚSICA Popular Açores
03. Balada Aleixo
LETRA António Aleixo
MÚSICA José Afonso
04. Balada do Outono
Instrumental
MÚSICA José Afonso
ARRANJO Rui Pato
FICHA TÉCNICA
edição
Discoteca Santo António, Porto (Ofir AM 4.016)
Baladas e canções, 1967
ALINHAMENTO
01. Trovas antigas
LETRA Popular
MÚSICA José Afonso
02. Na fonte está Lianor
LETRA Luís de Camões
MÚSICA José Afonso
03. Minha mãe
LETRA José Afonso/Quadra popular
MÚSICA José Afonso
04. Altos Castelos
LETRA/MÚSICA José Afonso
FICHA TÉCNICA
edição
Discoteca Santo António, Porto (Ofir AM 4.017)
Baladas, 1967
ALINHAMENTO
01. O pastor de Bensafrim
LETRA/MÚSICA José Afonso
02. Canto da Primavera
Instrumental
MÚSICA José Afonso
ARRANJO Rui Pato
03. Elegia
LETRA Luís de Andrade
MÚSICA José Afonso
04. Ronda dos paisanos
LETRA/MÚSICA José Afonso
FICHA TÉCNICA
edição
Discoteca Santo António, Porto (Ofir AM 4.043)
fotografia
Albano da Rocha Pato
outras edições
Baladas (Ofir AM 4.183)
O tema Ronda dos Paisanos é substituído pelo tema instrumental «Crepúsculo», da autoria de Rui Pato.*
LP/33rpm
Baladas e canções, 1964
BALADA DO OUTONO
Mais propriamente Balada do rio. Dominada ainda pelo velho espírito coimbrão, é o produto de um estado perpétuo de enamoramento ou como tal vivido, uma espécie de revivescência tardia da juventude. O trovador julga-se imprescindível, como um protagonista que a si próprio se interpela para convocar a presença das águas dos ribeiros e dos rios, testemunhas vivas do seu solitário cantar. A imagem do “Basófias” (Nome por que é conhecido o Mondego na gíria coimbrã), que incha e desincha quando lhe apetece, deve ter influído na gestação da “partitura”. Uma certa disposição fisiológica propensa à melancolia explica o começo das dores sem falar na albumina anunciadora de futuras e promissoras “partenogéneses”.
ALTOS CASTELOS
Para ser executada à viola por Rui Pato, obedecia mais às exigências duma instrumentação de tipo clássico ao gosto dos tocadores de alaúde do séc. XVI. Limitei-me depois a reajustar uma letra, ou melhor, um conjunto de sons que não ultrapassasse na divisão silábica a divisão musical. A ingenuidade de certas canções de roda e a gratuidade de alguns poemas surrealistas (lembrei-me duma canção do António Barahona) indicaram-me o sentido do conjunto apropriado ao canto.
Durante a tua permanência em Moçambique interrompeste os discos?
Interrompi. Fui acumulando coisas que fui fazendo. Ainda nem sequer dispunha de gravador. Eu mesmo não funcionava com gravador, tinha uma escrita musical rudimentar feita em quadradinhos num papel onde registava a música e as letras. Foi assim que fiz «Avenida de Angola», e essas coisas todas.
Após o teu regresso em 67 gravaste logo?
Tive problemas económicos do caraças e finalmente o Albano da Rocha Pato, que era bastante meu amigo, fez diligências para que eu fosse gravar. O Arnaldo Trindade deu-me, então, um cachê superior aos outros.
José Afonso em entrevista a José A. Salvador, in «Livra-te do Medo, Estórias e Andanças do Zeca Afonso»
O PASTOR DE BENSAFRIM
Letra e música de José Afonso, sendo a letra vagamente inspirada nas éclogas de Bernardim – desde crianças que mostramos uma propensão natural para as rimas em "im". Num desses retornos à fase pré-lógica das origens, o autor destas linhas travou conhecimento com um pastor que lhe narrou as suas mágoas. Um pouco a martelo, o assunto da conhecida écloga de Bemardim apareceu metamorfoseado num drama pastoril cujo nome “Bensafrim” os montes e as ervinhas repetem até aos mais humildes recantos da serra algarvia.
RONDA DOS PAISANOS
A música ocorreu-me no WC do rápido Faro-Lisboa, depois da estação da Funcheira. Lembrei-me de algumas, semelhantes na forma e diferentes no seu conteúdo picaresco:
D. Miquelina tinha uma sobrinha, Conheci uma francesa, Ó moleiro guarda a filha (esta última, minhota), cantadas em coro nos grandes festins coimbrões. Em Lisboa inteirei-me dos postos do exército, que são muitos e soantes. Rimados às parelhas dariam uma canção popular, capaz de ser entendida por soldados e generais.