Afonso Dias em Aveiro
O Núcleo da Associação José Afonso Região de Aveiro tem o prazer de ter em Aveiro, no dia 14 de Março de 2015, pelas 21 horas e 45 minutos, na Galeria Biscoito, o companheiro Afonso Dias – autor, cantor, actor de teatro, divulgador de poesia… militante da cultura, na apresentação do seu último trabalho “O Mar ao Fundo”, uma produção solidária.
“O Mar ao Fundo”, tal como afirma Afonso Dias, é um trabalho construído com poesia e música de algarvios – naturais ou adoptados – e amantes do Algarve e o Mar, incluindo poesia de Ramos Rosa, António Ramos Rosa, António Pereira, Leonel Neves, João Lúcio, Teresa Rita Lopes, Carlos Brito, António Aleixo, Sophia de Mello Bryener, Maria da Conceição Silveira, Natércia Duarte e do próprio.
“Pois aqui estou, de novo, em obediência às cantigas que teimam em me visitar. E eu acolho-as. Depois impõem-me elas que as desvende. Que as revele. Que as cantigas que me visitam acham que as coisas que dizem podem ser importantes e por isso pedem para ser escutadas.
E eu – pobre progenitura que as pariu – não tenho nisso qualquer poder.
(…)
A chamada “indústria fonográfica” não me interessa puto (nem eu a ela, seguramente) e há muitos anos que sou editado por associações culturais, com o apoio de amigos e de algumas instituições que me estimam (…)
É esta a minha relativa “marginalidade” ( ou deverei dizer independência?…) face aos costumes, na edição e na divulgação das cantigas.
Que posso eu esperar? Dificuldades, claro, e solidariedade. Que umas e outra, nunca me desprezaram.
Em conclusão: o que eu quero mesmo, pá, é que a minha música seja ouvida, seja criticada, seja usada.
E adquirida, claro. Mas a mim. Sem ninguém de permeio.
O que aqui peço a amigos, jornalistas, radialistas, malta da TV, é isto: ajudem-me a mostrar o que faço. Divulguem-me. Partilhem-me. Mostrem-me.
A cidadania não não se esgota.
E se continuam a chegar-me cantigas, que lhes digo? Que me reformei? Porra, não!
vosso
Afonso Dias”
Convidamos a todas/os a juntarem-se a nós para ouvirem “este mar algarvio que o Infante desafiou, que Gil e Lançarote afrontaram e que deslumbrou Sophia, que hoje inspira este projecto.”
O Núcleo da Associação José Afonso da Região de Aveiro